MBL, o defensor da liberdade. Desde que não seja com eles.

The Intercept Brasil esteve presente no 3º Congresso do MBL.

MBL, o defensor da liberdade. Desde que não seja com eles.

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Em um vídeo gravado em outubro, Salsicha, o mais novo expoente do MBL, respondeu a dúvidas dos interessados em participar do 3º Congresso do MBL. Em uma delas, alguém pergunta se intervencionistas militares serão bem-vindos e recebe essa resposta:

“Todas as pessoas são bem-vindas. A gente acredita no diálogo e no bom debate.”

Pois bem, não foi o que vi no evento realizado no último fim de semana no luxuoso World Trade Center, considerado o maior complexo de negócios da América Latina. O que vi foi o jornalista Denis Russo do “Nexo”, que assistia aos painéis sem incomodar ninguém, ser expulso pelo crime de portar um bloquinho de papel. Enquanto eu filmava o ocorrido com meu celular, um segurança me abordou e exigiu que eu apagasse o vídeo, caso contrário eu também seria convidado a me retirar. Questionei brevemente, mas acabei acatando — recuperar arquivos da lixeira é uma tarefa simples.

A aversão a quem era de fora daquele mundinho não ficou restrita aos corredores do evento. No palco, logo no primeiro painel do congresso, Renan dos Santos, líder e fundador do MBL, fez um alerta em alto e bom som:  

“Se eventualmente vier alguém com uma camerazinha querendo fazer perguntas, que está muito curioso sobre vocês, com bloquinho de notas… Avisa a gente!”

O que conseguimos registrar de melhor (ou, melhor, de pior) está no vídeo que acompanha este texto.

A VIRADA COMEÇA AGORA!

A virada começa agora!
Todo fim de ano traz metas pessoais. Mas 2026 exige algo maior: metas políticas — e ação imediata.
Qual virada você quer para o Brasil?
A que entrega ainda mais poder à direita para sabotar o povo — ou a virada em que eles ficam longe do Congresso, do Senado e da Presidência?
Eles já estão se movendo: o centrão distribui emendas para comprar apoio, as igrejas fecham pactos estratégicos, as big techs moldam os algoritmos para favorecer seus aliados, e PL, Republicanos e União Brasil preparam o novo candidato queridinho das elites.
E tudo isso fica fora dos holofotes da grande mídia, que faz propaganda fantasiada de jornalismo — sempre servindo a quem tem dinheiro e poder.
Aqui não. No Intercept Brasil, suas metas de ano novo para o país também são as nossas. Estamos na linha de frente para expor esses projetos de poder e impedir que 2026 seja o ano da extrema direita.
Mas essa virada depende da mobilização de todos.
Para continuar investigando — e desmontando — cada etapa dessa articulação silenciosa, precisamos da sua doação.
E ajude a conquistar as metas que o Brasil precisa.
Fortalecer o jornalismo independente que não deve nada a políticos, igrejas ou empresas é a única forma de virarmos o jogo.

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