Manifestação pela legalização do aborto na Argentina.

A máquina da morte da extrema direita está literalmente botando fogo em nosso país, enquanto muitos fingem que não.

Ela tem trilhões de reais para gastar em propaganda, e a grande mídia está muito feliz em aceitá-los.

Mas no Intercept praticamente cada centavo vem de você, nosso leitor. E, em 2025, precisamos nos unir e lutar mais do que nunca.

Podemos contar com você para atingir nossa meta de arrecadação de fim do ano? O futuro depende de nós.

QUERO APOIAR

A máquina da morte da extrema direita está literalmente botando fogo em nosso país, enquanto muitos fingem que não.

Ela tem trilhões de reais para gastar em propaganda, e a grande mídia está muito feliz em aceitá-los.

Mas no Intercept praticamente cada centavo vem de você, nosso leitor. E, em 2025, precisamos nos unir e lutar mais do que nunca.

Podemos contar com você para atingir nossa meta de arrecadação de fim do ano? O futuro depende de nós.

QUERO APOIAR

Veja onde o aborto já é permitido na América Latina

STF começa a julgar a descriminalização do aborto esta semana, e vizinhos que avançaram na pauta nos mostram caminhos possíveis na região.

Manifestação pela legalização do aborto na Argentina.

no último dia 22 de setembro, a ministra Rosa Weber votou a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez no Brasil. Como ação apresentada pelo Psol precisa ser votada por todos os ministros do STF, ainda não há previsão para o fim do julgamento. Caso a criminalização seja definida como inconstitucional, o Brasil se juntará aos poucos países da América Latina que conseguiram permitir o aborto em todos os casos, delimitando apenas o período em que deve ser realizado.

Até agosto de 2020, o aborto legal só existia no Uruguai, em Cuba, na Guiana e na Guiana Francesa. Quatro meses depois, porém, a Argentina – que se tornou símbolo da luta pelo aborto legal e seguro na América Latina por conta das enormes manifestações de rua pela descriminalização – legalizou o procedimento até a 14ª semana de gestação.

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar

Em fevereiro de 2022, foi a vez de a Colômbia avançar na garantia dos direitos reprodutivos, com a descriminalização do aborto até a 24ª semana de gestação. Após esse período, o procedimento só pode ser realizado em caso de risco de vida da gestante, gravidez resultante de estupro ou malformação grave do feto.

Essas condições, até então, eram vigentes para qualquer período da gestação e parecidas com as que existem hoje no Brasil. Aqui, o aborto é permitido em qualquer momento desde que a gestação tenha sido fruto de estupro, represente risco à vida da mulher ou em caso de anencefalia do feto. Contudo, o direito ao aborto é constantemente negado.

Poucos dias antes do início do julgamento do STF, em 6 de setembro deste ano, o México também descriminalizou o aborto. A decisão veio da Suprema Corte mexicana, que já havia permitido aos estados realizar abortos em 2021. Agora, porém, ao considerar inconstitucional a criminalização do aborto, a Corte tira o efeito os artigos do Código Penal que puniam o abortamento, efetivamente impedindo que mulheres e profissionais de saúde sejam presos por aborto em qualquer parte do país.

LEIA TAMBÉM

Apesar de em boa parte do continente a interrupção da gravidez ainda ser proibida, esses vizinhos mostram ao Brasil um caminho possível na luta pelos direitos reprodutivos femininos.

No vídeo abaixo, de 20 de agosto de 2020, o repórter Lucas Berti, do Giro Latino, falou do início da onda verde na América Latina.

Vídeo de 2020, produzido pelo Giro Latino em parceria com o Intercept.

Este texto foi atualizado em 28 de setembro de 2023, às 10h22.

JÁ ESTÁ ACONTECENDO

Quando o assunto é a ascensão da extrema direita no Brasil, muitos acham que essa é uma preocupação só para anos eleitorais. Mas o projeto de poder bolsonarista nunca dorme.

A grande mídia, o agro, as forças armadas, as megaigrejas e as big techs bilionárias ganharam força nas eleições municipais — e têm uma vantagem enorme para 2026.

Não podemos ficar alheios enquanto somos arrastados para o retrocesso, afogados em fumaça tóxica e privados de direitos básicos. Já passou da hora de agir. Juntos.

A meta ousada do Intercept para 2025 é nada menos que derrotar o golpe em andamento antes que ele conclua sua missão. Para isso, precisamos arrecadar R$ 500 mil até a véspera do Ano Novo.

Você está pronto para combater a máquina bilionária da extrema direita ao nosso lado? Faça uma doação hoje mesmo.

Apoie o Intercept Hoje

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar