A política peruana é tão caótica que nem mesmo o fim da apuração das eleições significa que o país já tenha um novo presidente confirmado.
É com essa afirmação que o jornalista Maurício Brum inicia a edição do Giro Latino desta semana. A negação da vitória do professor socialista Pedro Castillo pela candidata de extrema direita Keiko Fujimori é o tema central da videocoluna, que apresenta o atual cenário político do país andino, que aposta no voto impresso, e já teve três presidentes em uma semana em 2019.
Com o golpe contra Evo Morales na Bolívia e a recusa de Donald Trump em aceitar a derrota nos Estados Unidos, o analista lembra que a postura de Keiko está alinhada às ideias da extrema direita em todo mundo.
Brum também traça um paralelo entre Peru e Brasil. Se o país governado por Jair Bolsonaro decidir pelo voto impresso auditável, pode enfrentar a mesma indefinição que acontece no país vizinho.
S.O.S Intercept
Peraí! Antes de seguir com seu dia, pergunte a si mesmo: Qual a chance da história que você acabou de ler ter sido produzida por outra redação se o Intercept não a tivesse feito?
Pense em como seria o mundo sem o jornalismo do Intercept. Quantos esquemas, abusos judiciais e tecnologias distópicas permaneceriam ocultos se nossos repórteres não estivessem lá para revelá-los?
O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. E é cada vez mais difícil de sustentar, pois estamos sob ataque da extrema direita e de seus aliados das big techs, da política e do judiciário.
O Intercept Brasil é uma redação independente. Não temos sócios, anúncios ou patrocinadores corporativos. Sua colaboração é vital para continuar incomodando poderosos.
Apoiar é simples e não precisa custar muito: Você pode se tornar um membro com apenas 20 ou 30 reais por mês. Isso é tudo o que é preciso para apoiar o jornalismo em que você acredita. Toda colaboração conta.
Estamos no meio de uma importante campanha – a S.O.S. Intercept – para arrecadar R$ 250 mil até o final do mês. Nós precisamos colocar nosso orçamento de volta nos trilhos após meses de queda na receita. Você pode nos ajudar hoje?