Um ano depois dos protestos que chegaram a levar mais de um milhão de pessoas às ruas de Santiago, o Chile foi às urnas em 25 de outubro de 2020 e aprovou por uma maioria avassaladora a convocação de uma assembleia constituinte. O grupo terá até 12 meses para reescrever a constituição do país, ainda da época da ditadura de Pinochet. É um passo importante, mas apenas o primeiro capítulo de um longo processo que ainda terá mais duas votações populares e pode terminar mantendo a constituição atual.
O seu futuro está sendo decidido longe dos palanques.
Enquanto Nikolas, Gayers, Michelles e Damares ensaiam seus discursos, quem realmente move o jogo político atua nas sombras: bilionários, ruralistas e líderes religiosos que usam a fé como moeda de troca para retomar ao poder em 2026.
Essas articulações não ganham manchete na grande mídia. Mas o Intercept está lá, expondo as alianças entre religião, dinheiro e autoritarismo — com coragem, independência e provas.
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