O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

Como resistir à doutrina do choque de Donald Trump

Uma coisa que aprendi em duas décadas cobrindo crises no mundo todo é que é possível resistir à doutrina do choque.

Como resistir à doutrina do choque de Donald Trump

“Choque”. Essa palavra tem aparecido muito no noticiário desde novembro – por motivos óbvios.
Estudei a questão do choque durante muito tempo. Dez anos atrás, publiquei o livro A Doutrina do Choque, uma análise do fenômeno ao longo de quatro décadas: de 1970, com o golpe de Pinochet no Chile – apoiado pelos EUA –, a 2005, com o Furacão Katrina.
Notei uma tática brutal empregada repetidamente por governos de direita: se aproveitar da desorientação causada por episódios traumáticos – guerras, golpes de Estado, atentados terroristas, crises econômicas e catástrofes naturais – para suspender a democracia e implantar medidas “neoliberais”, enriquecendo os mais ricos às custas dos pobres e da classe média.
O governo dos EUA está semeando o caos. Todos os dias. É claro que muitos dos escândalos são resultado da ignorância e dos erros do presidente, e não de alguma estratégia maliciosa.
Mas não restam dúvidas de que alguns assessores muito astutos do presidente estão usando tais choques diários como um pretexto para propor medidas radicalmente pró-empresariado – medidas que contradizem muitas das promessas de campanha de Donald Trump.
E o pior é que isso deve ser apenas o começo.
Temos que nos preparar para o que o governo fará quando puder explorar uma grande crise de causas externas.
Talvez seja um crash econômico, como o de 2008. Ou um desastre natural, como a Supertempestade Sandy. Ou então um terrível ataque terrorista, como os de Manchester, nesse ano, e Paris, em 2015.
Qualquer uma dessas crises poderia alterar drasticamente a conjuntura política dos EUA, permitindo que Trump e sua equipe nos empurrem goela abaixo suas ideias mais radicais.
Mas tem uma coisa que aprendi em duas décadas cobrindo dezenas de crises no mundo todo: é possível resistir a essas táticas.
Para facilitar a exposição, tentei resumir tudo em cinco pontos principais.
Adaptado do novo livro de Naomi Klein, No Is Not Enough: Resisting Trump’s Shock Politics and Winning the World We Need. O livro será publicado em novembro de 2017 pela Bertrand Brasil.

Tradução: Bernardo Tonasse

Sem anúncios. Sem patrões. Com você.

Reportagens como a que você acabou de ler só existem porque temos liberdade para ir até onde a verdade nos levar.

É isso que diferencia o Intercept Brasil de outras redações: aqui, os anúncios não têm vez, não aceitamos dinheiro de políticos nem de empresas privadas, e não restringimos nossas notícias a quem pode pagar.

Acreditamos que o jornalismo de verdade é livre para fiscalizar os poderosos e defender o interesse público. E quem nos dá essa liberdade são pessoas comuns, como você.

Nossos apoiadores contribuem, em média, com R$ 35 por mês, pois sabem que o Intercept revela segredos que a grande mídia prefere ignorar. Essa é a fórmula para um jornalismo que muda leis, reverte decisões judiciais absurdas e impacta o mundo real.

A arma dos poderosos é a mentira. A nossa arma é a investigação.

Podemos contar com o seu apoio para manter de pé o jornalismo em que você acredita?

Apoie o Intercept Hoje

Entre em contato

Conteúdo relacionado

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar