PPRT: 'Se a gente não conseguir nem imaginar, como vai construir um mundo novo?', questiona Don L

No segundo episódio do PPRT, Don L defende um rompimento com o passado colonial: ele quer um futuro possível e coletivo.

PPRT: 'Se a gente não conseguir nem imaginar, como vai construir um mundo novo?', questiona Don L

Papo Reto

Parte 2


Criado em bairros marginalizados de Fortaleza, Don L é um revolucionário. Com seus discos, a trilogia “Roteiro Para Aïnouz”, o rapper cearense se desprende do passado colonial e reconta a história brasileira apresentando um novo futuro, possível e coletivo. “Tudo começa quando a gente sai de um estado de não conseguir mais imaginar um mundo novo possível”, ele disse. “Se a gente não conseguir nem imaginar, como que a gente vai construir?”.

Para Don, arte e política são indissociáveis, especialmente no rap. A questão, ele aponta, é se o artista escolhe trabalhar isso de maneira consciente ou não. Por escolher ser consciente sobre o que representa politicamente, Don L é o segundo entrevistado do PPRT, série de conversas sobre política, cidadania e arte do Intercept.

Em um papo sobre desmonte das instituições brasileiras, avanço da extrema-direita, mito da democracia racial, a possibilidade de um novo governo Lula e a necessidade de organização popular contra as limitações da democracia burguesa, Don explica seu papel de “o terror dos Bandeirantes” – uma alegoria construída em “Vila Rica”, segunda faixa de seu último disco.

As entrevistas do PPRT serão publicadas ao longo do mês de setembro, sempre às quintas-feiras.

S.O.S Intercept

Peraí! Antes de seguir com seu dia, pergunte a si mesmo: Qual a chance da história que você acabou de ler ter sido produzida por outra redação se o Intercept não a tivesse feito?

Pense em como seria o mundo sem o jornalismo do Intercept. Quantos esquemas, abusos judiciais e tecnologias distópicas permaneceriam ocultos se nossos repórteres não estivessem lá para revelá-los?

O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. E é cada vez mais difícil de sustentar, pois estamos sob ataque da extrema direita e de seus aliados das big techs, da política e do judiciário.

O Intercept Brasil é uma redação independente. Não temos sócios, anúncios ou patrocinadores corporativos. Sua colaboração é vital para continuar incomodando poderosos.

Apoiar é simples e não precisa custar muito: Você pode se tornar um membro com apenas 20 ou 30 reais por mês. Isso é tudo o que é preciso para apoiar o jornalismo em que você acredita. Toda colaboração conta.

Estamos no meio de uma importante campanha – a S.O.S. Intercept – para arrecadar R$ 250 mil até o final do mês. Nós precisamos colocar nosso orçamento de volta nos trilhos após meses de queda na receita. Você pode nos ajudar hoje?

Apoie o Intercept Hoje

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar