O Ministério Público Federal investiga supostas irregularidades na compra e venda de terrenos em território destinado à comunidade tradicional caiçara em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.Pela denúncia, as terras, que são da União, não poderiam ter sido comercializadas.
A associação de caiçaras local também afirma que a iniciativa privada, na figura do empresário Alfio Lagnado, hoje proprietário de parte do terreno, tem pressionado para que os nativos deixem o local. Moradores mais antigos declaram terem se sentido enganados com acordos de comodato propostos pelo empresário. Muitos dos que assinaram mal sabiam o teor do documento. Segundo a área técnica do MPF, a Comunidade Caiçara da Baía dos Castelhanos ocupa o local há séculos e esse direito precisa ser preservado.
O Intercept é sustentado por quem mais se beneficia do nosso jornalismo: o público.
É por isso que temos liberdade para investigar o que interessa à sociedade — e não aos anunciantes, empresas ou políticos. Não exibimos publicidade, não temos vínculos com partidos, não respondemos a acionistas. A nossa única responsabilidade é com quem nos financia: você.
Essa independência nos permite ir além do que costuma aparecer na imprensa tradicional. Apuramos o que opera nas sombras — os acordos entre grupos empresariais e operadores do poder que moldam o futuro do país longe dos palanques e das câmeras.
Nosso foco hoje é o impacto. Investigamos não apenas para informar, mas para gerar consequência. É isso que tem feito nossas reportagens provocarem reações institucionais, travarem retrocessos, pressionarem autoridades e colocarem temas fundamentais no centro do debate público.
Fazer esse jornalismo custa tempo, equipe, proteção jurídica e segurança digital. E ele só acontece porque milhares de pessoas escolhem financiar esse trabalho — mês após mês — com doações livres.
Se você acredita que a informação pode mudar o jogo, financie o jornalismo que investiga para gerar impacto.