As mensagens secretas da Lava Jato

Em chats, procuradores admitem ‘vazamentos’. Num episódio, Dallagnol antecipou passo da operação ao Estadão para pressionar suspeito.

Oswaldo Barbosa abafou caso depois que Deltan Dallagnol atuou para proteger o procurador Diogo Castor de Mattos.

Procuradores realizavam consultas "informais" para saber até se seguranças de Lula compraram geladeira e fogão para o sítio de Atibaia.

Procurador agiu ocultado por movimentos em pautas que envolviam decisões do Supremo e de Michel Temer.

Procurador incentivou colegas a investigar o ministro clandestinamente quando ele passou a ser visto como um adversário disposto a frear o avanço da operação.

Banqueiros de J.P. Morgan, Goldman Sachs e Deutsche Bank foram convidados para conversar com Deltan – e Fux – em eventos secretos

Coordenador da operação também fez aproximação entre representantes da firma e procuradores para emplacar produto da companhia em trabalhos da força-tarefa.

Procuradores concordaram não haver dúvidas de corrupção de Flávio Bolsonaro no caso Queiroz, mas Dallagnol só queria comentar caso de petista.

Chats privados mostram que procurador debateu com colega a criação de empresa no nome de familiares.

A principal motivação era política. Os procuradores sabiam que teriam que agir às escondidas. “Naõ dá para tornar público simplesmente porque violaria acordo, mas dá pra enviar informação espontãnea [à Venezuela] e isso torna provável que em algum lugar no caminho alguém possa tornar público”, escreveu Deltan Dallagnol.

Às vésperas de Moro aceitar convite para o Ministério da Justiça, procuradores do MPF discutiam como ingresso do juiz na política podia legitimar críticas à Lava Jato.

Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.