Manifestações pelo país reuniram pessoas insatisfeitas com as reformas trabalhista e da previdência, além de medidas com a Lei da Terceirização. Mesmo com paralisações afetando transporte público, aeroportos, bancos, escolas, comércio e bloqueios nas estradas pelo país, o governo não assume a existência de uma greve. Em nota, Michel Temer afirmou que os atos que acontecem durante todo dia são ações de pequenos grupos “para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente”, mas que houve ampla garantia ao direito de expressão.
Temer também lamentou os atos de violência ocorridos no Rio de Janeiro. A manifestação na capital carioca teve pontos de concentração na Assembléia Legislativa e na Cinelândia. De acordo com relato de manifestantes, a Polícia Militar dispersou a manifestação pacífica com violência, o que acabou dando início a um confronto nas ruas do centro da cidade. A OAB-RJ repudiou o ocorrido em nota assinada pelo presidente da entidade, Felipe Santa Cruz: “Nada justifica a investida, com bombas e cassetetes, contra uma multidão que protestava de modo pacífico. Se houve excessos por parte de alguns ativistas, a Polícia deveria tratar de contê-los na forma da lei. Mas o ataque com métodos de tocaia e a posterior perseguição por vários bairros a pessoas que tão-só exerciam seu direito à manifestação representa grave atentado à Constituição e ao Estado democrático de Direito”.
“O ataque com métodos de tocaia e a posterior perseguição por vários bairros a pessoas que tão-só exerciam seu direito à manifestação representa grave atentado à Constituição.”
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram no Largo da Batata durante o dia e, `a noite, partiram em marcha em direção a residência da família do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros. Já em Brasília, as manifestações se concentraram na Esplanada durante a manhã.
Selecionamos algumas fotos dos atos que aconteceram no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Tem imagens de protestos em outras capitais do país? Envie para The Intercept Brasil ou poste em suas redes com a hashtag #TheInterceptBrasil.
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