Desde o começo do ano, o The Intercept Brasil vem passando por mudanças estruturais para encarar um 2018 que já começou quente e promete ferver. Estamos aumentando nossa equipe nas principais capitais do país e, ao mesmo tempo, olhando para lugares ignorados ou tratados pela imprensa como coberturas de segunda linha. Queremos reforçar a ideia de que, aqui, é o lugar para contar as histórias que ninguém conta, mas que precisam ser contadas.
E também vamos ampliar nosso número de vozes, começando com um jornalista emblemático – um dos poucos ao qual a alcunha “memória histórica” cai perfeitamente.
Mário Magalhães será colunista do site e escreverá uma vez por semana.
Sua trajetória fala por si. Jornalista e escritor, é autor de uma das mais importantes biografias já lançadas no Brasil: “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras). Mário recebeu 25 prêmios jornalísticos e literários no Brasil e no exterior. Trabalhou na Tribuna da Imprensa e em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, jornal do qual foi repórter especial, colunista e ombudsman – tarefa árdua de criticar a imprensa estando dentro dela.
Quando me encontrei com Mário para sondar seu interesse em se juntar ao nosso time, ouvi por mais de duas horas histórias entusiasmadas que atravessam o livro que ele está preparando (uma biografia de Carlos Lacerda). “Você sabia que uma eleição brasileira já foi decidida por uma fake news?”, “Esse ano tem Copa, e vão dizer o que dizem todo ano, que se o Brasil ganhar vai ajudar a eleger o candidato do governo. Besteira”, “Existem muitos paralelos históricos entre a eleição desse ano e a do ano…” [não vou dar spoiler, quem sabe o Mário possa escrever isso em uma coluna].
Ele poderia estar em casa escrevendo seus livros, longe do caos de informação que nos rodeia, mas vi em seus olhos que a lenha jornalística ainda queima e move suas ideias. Ele ainda tem muita vontade de participar do debate sobre o país que teremos no fim desse ano.
Então, seja bem-vindo, Mário.
Como seu assunto predileto – além da política – é o futebol, só posso dizer: a bola está com você.
Sem anúncios. Sem patrões. Com você.
Reportagens como a que você acabou de ler só existem porque temos liberdade para ir até onde a verdade nos levar.
É isso que diferencia o Intercept Brasil de outras redações: aqui, os anúncios não têm vez, não aceitamos dinheiro de políticos nem de empresas privadas, e não restringimos nossas notícias a quem pode pagar.
Acreditamos que o jornalismo de verdade é livre para fiscalizar os poderosos e defender o interesse público. E quem nos dá essa liberdade são pessoas comuns, como você.
Nossos apoiadores contribuem, em média, com R$ 35 por mês, pois sabem que o Intercept revela segredos que a grande mídia prefere ignorar. Essa é a fórmula para um jornalismo que muda leis, reverte decisões judiciais absurdas e impacta o mundo real.
A arma dos poderosos é a mentira. A nossa arma é a investigação.
Podemos contar com o seu apoio para manter de pé o jornalismo em que você acredita?