Candidato consolidado em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para presidente em 2018, Jair Bolsonaro não tem certeza de qual partido o levará às urnas. Atualmente, ele é filiado ao Partido Social Cristão (PSC), que já tem outro nome para disputar o pleito — Paulo Rabello de Castro, atual presidente do BNDES.
Em entrevista ao site Crítica Nacional, o deputado afirmou, que “estava noivo do Patriota, mas voltou à situação de namoro”. Ele teria exigido mudanças nos nomes que controlam estados considerados como “chave”, em especial, Minas Gerais, mas até agora não foi atendido. Por isso, a negociação voltou uma casa.
Após o jornal O Estado de S. Paulo noticiar na manhã desta quinta-feira (21) que o militar estava negociando com o PR e com o PSL sua inscrição para disputar a eleição ao Planalto, a resposta do PSL foi taxativa: “Bolsonaro representa o autoritarismo e a intolerância tanto na economia quanto nos costumes, sendo a antítese completa das nossas ideias”.
https://twitter.com/somoslivres17/status/943649041379930112
Leia abaixo a nota completa publicada pelo partido:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
PSL-Livres descarta filiação de Bolsonaro
- Não procedem, de forma alguma, as notícias de que o deputado federal Jair Bolsonaro possa se filiar ao PSL.
- Após solicitação feita por Bolsonaro, o presidente nacional do PSL e também deputado federal, Luciano Bivar, recebeu-o em reunião.
- Em função das evidentes e conhecidas divergências de pensamento, o projeto político de Jair Bolsonaro é absolutamente incompatível com os ideais do LIVRES e o profundo processo de renovação política com o qual o PSL está inteiramente comprometido.
- Bolsonaro representa o autoritarismo e a intolerância tanto na economia quanto nos costumes, sendo a antítese completa das nossas ideias.
[ênfase adicionada pela reportagem]
O seu futuro está sendo decidido longe dos palanques.
Enquanto Nikolas, Gayers, Michelles e Damares ensaiam seus discursos, quem realmente move o jogo político atua nas sombras: bilionários, ruralistas e líderes religiosos que usam a fé como moeda de troca para retomar ao poder em 2026.
Essas articulações não ganham manchete na grande mídia. Mas o Intercept está lá, expondo as alianças entre religião, dinheiro e autoritarismo — com coragem, independência e provas.
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