O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na semana passada uma medida provisória que deve beneficiar o mega data center que o TikTok quer instalar em Caucaia, cidade na região metropolitana de Fortaleza.
Em julho, o Intercept Brasil revelou como o projeto pode consumir energia equivalente à quantidade gasta por 2,2 milhões de brasileiros em suas casas. Isso significa que, sozinho, ele gastará mais energia do que 99,9% dos municípios brasileiros – se a sua demanda for comparada diretamente com o consumo médio por habitante de cada cidade.
A MP assinada por Lula condiciona a aprovação de projetos nas zonas de processamento de exportação, as ZPEs, ao uso de energia elétrica gerada por fontes renováveis. É o caso do data center do TikTok, que deve usar 100% de energia renovável, segundo a Casa dos Ventos, a empresa de energia eólica que responde pelo projeto.
Mas ainda que as fontes renováveis sejam melhores que outras formas de produção de energia, elas não são livres de impacto. Especialmente quando o consumo de energia é superlativo, equivalente ao de cidades inteiras. Um relatório obtido elaborado pela Casa dos Ventos, obtido pelo Intercept, mostrou que o “consumo esperado para o projeto é de potência média de 210 MW, o que equivale a um consumo diário de 5.040 MWh para uma operação de 24 horas”.
O alto consumo de energia de um data center se explica por dois fatores: a necessidade de manter aquele galpão sempre resfriado e o tipo de atividade de processamento ou treinamento de dados desempenhada pelos mega-computadores ali dentro.
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