Ilustração: Intercept Brasil

A máquina da morte da extrema direita está literalmente botando fogo em nosso país, enquanto muitos fingem que não.

Ela tem trilhões de reais para gastar em propaganda, e a grande mídia está muito feliz em aceitá-los.

Mas no Intercept praticamente cada centavo vem de você, nosso leitor. E, em 2025, precisamos nos unir e lutar mais do que nunca.

Podemos contar com você para atingir nossa meta de arrecadação de fim do ano? O futuro depende de nós.

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Impasse no PL das Fake News leva STF a regular plataformas

O Supremo discute se as big techs serão obrigadas a retirar conteúdos da internet. Entenda o que está em jogo com o julgamento.

Ilustração: Intercept Brasil

O Supremo Tribunal Federal adiou para junho o julgamento das ações sobre regulação de big techs. O julgamento estava previsto para a quarta-feira, dia 17, após o PL das Fake News empacar na Câmara dos Deputados. A nova data para o julgamento do Marco Civil da Internet ainda não foi definida pela presidente Rosa Weber.

O PL das Fake News tem o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Na Câmara, o presidente da casa, Arthur Lira, até venceu a queda de braço com os líderes partidários da extrema direita e votou o regime de urgência, mas o lobby violento das big techs se saiu melhor na batalha, fazendo com que o projeto saísse de pauta.

Google (dono do YouTube), Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Telegram e Twitter até usaram suas plataformas para divulgar mensagens contra o PL das Fake News, sob o argumento de que ele ameaça a liberdade de expressão e o uso da internet e que uma nova lei pode aumentar seus custos operacionais. As big techs até se juntaram aos deputados da extrema direita para atrapalhar a tramitação do projeto.

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O Supremo irá analisar se redes sociais devem ser responsabilizadas civilmente por conteúdos publicados por terceiros. O STF discutirá, ainda, a retirada de conteúdos de plataformas digitais, aspectos comuns de que o PL das Fake News também trata.

Como age o lobby da big techs

O Intercept alerta há bastante tempo sobre os riscos do lobby agressivo das big techs em cima dos políticos brasileiros e como isso é danoso para a democracia. 

Nossa editora geral, Tatiana Dias, que cobre regularmente o setor de tecnologia, escreveu uma newsletter (assine, é grátis!) sobre o tema e alertou: “Como o lobby não é regulamentado por aqui, é impossível saber ao certo quanto dinheiro ou influência as big techs têm. Mas seus tentáculos estão no Legislativo, no Executivo (pesquise e veja quantos presidentes, governadores e prefeitos postaram fotos com executivos de big techs), na academia, na mídia e no terceiro setor”. 

O Supremo está no centro do maior embate com empresas estrangeiras de tecnologia no Brasil na história recente, e o resultado disso pode trazer grandes implicações para todos nós.

Fizemos uma seleção de artigos e reportagens essenciais para você entender o assunto com profundidade:

Território livre para ameaças à democracia 

Quando o extremismo e o discurso de ódio geram likes e dinheiro

JÁ ESTÁ ACONTECENDO

Quando o assunto é a ascensão da extrema direita no Brasil, muitos acham que essa é uma preocupação só para anos eleitorais. Mas o projeto de poder bolsonarista nunca dorme.

A grande mídia, o agro, as forças armadas, as megaigrejas e as big techs bilionárias ganharam força nas eleições municipais — e têm uma vantagem enorme para 2026.

Não podemos ficar alheios enquanto somos arrastados para o retrocesso, afogados em fumaça tóxica e privados de direitos básicos. Já passou da hora de agir. Juntos.

A meta ousada do Intercept para 2025 é nada menos que derrotar o golpe em andamento antes que ele conclua sua missão. Para isso, precisamos arrecadar R$ 500 mil até a véspera do Ano Novo.

Você está pronto para combater a máquina bilionária da extrema direita ao nosso lado? Faça uma doação hoje mesmo.

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