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Duplex sem registro some da declaração de Ricardo Salles

Imóvel triplicou de valor em dois anos. Depois de ter evoluído 600%, patrimônio do ex-ministro recuou para R$ 3,97 milhões.


O patrimônio do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, candidato a deputado federal pelo PL de São Paulo, despencou. Após apresentar uma evolução na casa dos 600% de 2012 a 2018, passando de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões, sua fortuna caiu para R$ 3,9 milhões em 2022.

O que mais chama a atenção na declaração de bens prestada pelo candidato à Justiça Eleitoral neste ano é a ausência de seu apartamento duplex. Desmembrado em dois e sem registro em cartório de imóveis, o imóvel foi apresentado na declaração das eleições de 2018, quando também concorreu para deputado federal e não se elegeu, daquela vez pelo Novo.

Em entrevista em 2019, já ministro de Bolsonaro, Salles afirmou que adquiriu em 2015 o duplex em São Paulo, fez uma reforma dividindo-o ao meio e, assim, um apartamento virou dois. “Eu tinha um imóvel que valia R$ 2 milhões, gastei mais R$ 800 mil durante um ano de reforma, o que dá 2,8 milhões, e fiz dois apartamentos, cada um valendo 3 milhões de reais”, reafirmou depois. Apesar disso, de acordo com o 13º Oficial de Registros de Imóveis de São Paulo, o duplex nunca deixou de ser legalmente um único imóvel, com uma única escritura. Assim, os apartamentos não podem ser negociados separadamente, e o valor atribuído por Salles é fictício.

A divisão dificilmente poderia ser regularizada. Para oficializá-la, Salles teria que obter a anuência de todos os proprietários do edifício, e os custos tornariam a operação inviável. Ao criar-se um apartamento a mais, altera-se a fração que todos os proprietários possuem da área comum do condomínio. Isso geraria a necessidade de novo registro em cartório e uma nova escritura para cada unidade, entre outras complicações.

De acordo com uma reportagem da Crusoé, o candidato lucrou R$ 1 milhão com uma transação imobiliária relâmpago no mesmo edifício. Comprou um apartamento por R$ 1,9 milhão em julho de 2020 e o revendeu por R$ 2,95 milhões seis meses depois, em janeiro de 2021. Na época, ele ainda era o proprietário do duplex. Agora, o ex-ministro afirma ter apenas uma casa no valor de R$ 3,15 milhões, um veículo de R$ 120 mil e aplicações e investimentos no valor de R$ 700 mil. Quatro anos atrás, eram R$ 2,3 milhões em fundos de investimento, um barco de meio milhão de reais e dois apartamentos de R$ 3 milhões cada um, entre outros bens. Salles é alvo, entre outras, de uma investigação do Ministério Público de São Paulo por suspeita de enriquecimento ilícito.

Nestas eleições, o ex-ministro já arrecadou R$ 1,33 milhão. A maior parte, R$ 500 mil, veio do próprio partido. A segunda maior bolada, de R$ 250 mil, foi de Salim Mattar, fundador e sócio da locadora e revendedora de veículos Localiza e ex-secretário de Desburocratização do governo Bolsonaro. Em 2018, ele juntou R$ 1,56 milhão em doações partidárias e de pessoas físicas. Tentamos falar com Salles para perguntar se ele vendeu o duplex irregular, para quem e por quanto. Até agora, não conseguimos contato com sua assessoria.

Temos uma oportunidade, e ela pode ser a última:

Colocar Bolsonaro e seus comparsas das Forças Armadas atrás das grades.

Ninguém foi punido pela ditadura militar, e isso abriu caminho para uma nova tentativa de golpe em 2023. Agora que os responsáveis por essa trama são réus no STF — pela primeira e única vez — temos a chance de quebrar esse ciclo de impunidade!

Estamos fazendo nossa parte para mudar a história, investigando e expondo essa organização criminosa — e seu apoio é essencial durante o julgamento!

Precisamos de 800 novos doadores mensais até o final de abril para seguir produzindo reportagens decisivas para impedir o domínio da máquina bilionária da extrema direita. É a sua chance de mudar a história!

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