Glenn Greenwald

Para combater os perigos de Bolsonaro, brasileiros podem olhar para ameaças similares em outras democracias

Algumas das dinâmicas que impulsionam a vitória de Bolsonaro são exclusivas ao Brasil. Mas muitas são semelhantes às correntes políticas predominantes em todo o mundo democrático.

SP - Sao Paulo - 10/29/2018 - Victory commemoration of Jair Bolsonaro Sao Paulo - Voters go to the streets of Paulista Avenue in Sao Paulo to celebrate the victory of Jair Bolsonaro, PSL, in the second round of elections, he defeated Fernando Haddad of the PT by more than 55 percent of the valid votes, while the PT had 44.9 percent. Photo: Suamy Beydoun / AGIF (via AP)

Ao obter uma expressiva vitória por mais de 10 pontos de diferença, o autoritário de direita Jair Bolsonaro se tornou, disparado, o líder mais extremista do mundo democrático. Ainda que algumas das dinâmicas por trás da sua vitória sejam exclusivas ao Brasil, há também muitos paralelos com as correntes políticas que vem predominando na América do Norte, Europa Oriental e, cada vez mais, na Europa Ocidental.

Para entender os sentimentos que levaram a vitória de Bolsonaro, é fundamental que o establishment político brasileiro reconheça e conserte as sérias falhas que permitiram a ascensão do extremismo. E é crucial que todos nos compreendamos quais táticas funcionam e quais não funcionam quando se está diante desse tipo de autoritarismo e repressão.

Nesse sentido, eu exploro, no vídeo acima de 7 minutos, como a ascensão do movimento Bolsonaro no Brasil se encaixa nas correntes políticas que estão em voga no mundo democrático, e quais são as lições cruciais que podem ser tiradas desses países.

O seu futuro está sendo decidido longe dos palanques.

Enquanto Nikolas, Gayers, Michelles e Damares ensaiam seus discursos, quem realmente move o jogo político atua nas sombras: bilionários, ruralistas e líderes religiosos que usam a fé como moeda de troca para retomar ao poder em 2026.

Essas articulações não ganham manchete na grande mídia. Mas o Intercept está lá, expondo as alianças entre religião, dinheiro e autoritarismo — com coragem, independência e provas.

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