President of the Jury, Judge Gilmar Mendes, attends a meeting at the Supreme Electoral Court (TSE), on whether to invalidate the 2014 presidential election because of illegal campaign funding, in Brasilia, on April 4, 2017. 
Brazil's Supreme Electoral Court met Tuesday on whether to invalidate the 2014 presidential election because of illegal campaign funding -- a ruling that could in theory force out President Michel Temer. At issue are allegations that when then president Dilma Rousseff ran for re-election in 2014, with Temer as vice president, their ticket was financed by undeclared funds or bribes. Both Temer and Rousseff deny any wrongdoing. / AFP PHOTO / EVARISTO SA        (Photo credit should read EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Gilmar Mendes agora está no Twitter, e The Intercept Brasil tem umas perguntas para ele

O ministro do STF e presidente do TSE entrou no mundo do vomitaço no dia 29 de março.

President of the Jury, Judge Gilmar Mendes, attends a meeting at the Supreme Electoral Court (TSE), on whether to invalidate the 2014 presidential election because of illegal campaign funding, in Brasilia, on April 4, 2017. 
Brazil's Supreme Electoral Court met Tuesday on whether to invalidate the 2014 presidential election because of illegal campaign funding -- a ruling that could in theory force out President Michel Temer. At issue are allegations that when then president Dilma Rousseff ran for re-election in 2014, with Temer as vice president, their ticket was financed by undeclared funds or bribes. Both Temer and Rousseff deny any wrongdoing. / AFP PHOTO / EVARISTO SA        (Photo credit should read EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Gilmar Mendes está no Twitter! O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral publicou seu primeiro tweet no dia 29 de março e já está se divertindo com seus amigos e 14 mil seguidores. Como qualquer Twitter celeb de qualidade, está misturando um pouco de humor:

Com um pouco de autopromoção:

E até mostrando aquele sorriso famoso para seus fãs:

Mas as redes sociais no Brasil exigem um outro nível de interação com seu público-alvo — e também com seus detratores. Para ter sucesso aqui no Brasil, precisa se entregar 100% e estar disposto a discutir qualquer tema. Para quem ocupa cargos de poder há décadas e talvez esteja mais acostumado a dar palestras ou decretos do que ter conversas espontâneas, a imprevisibilidade pode ser desorientadora. Quem duvida, pergunta ao Michel:

Apesar de ser um recém-chegado ao Twitter, o ministro Gilmar Mendes não é um estranho para as redes sociais, na verdade. Já processou a atriz Monica Iozzi por danos morais e ganhou R$ 30 mil (pediu R$ 100 mil) por ela ter questionado a concessão de habeas corpus ao médico Roger Abdelmassih, condenado por estuprar pacientes. Mendes determinou que Abdelmassih poderia contestar a condenação em liberdade pois não representaria mais um risco ao público. Iozzi terminou seu breve post com “Cúmplice?”, insinuando que Mendes poderia ter associação com o médico. Foi o suficiente para danificar a honra do excelentíssimo senhor. A implicação foi errada, mas o fato de uma atriz ter que pagar R$ 30 mil por expressar sua indignação também pegou mal para muitas pessoas. Talvez o Twitter seja uma plataforma para Gilmar Mendes interagir com seus críticos numa pista equilibrada e aberta antes de tomar medidas jurídicas. Seria mais vantajoso tanto para o ministro quanto para o público.

E o ministro já demonstrou que não está tímido para opinar sobre assuntos delicados e essenciais da política do país (tanto em público, como em privado). Então, com a dupla missão de procurar respostas a perguntas importantes e também ajudar o ministro pegar o jeito para alcançar toda sua excelência digital, a equipe do The Intercept Brasil respeitosamente decidiu dar-lhe as boas-vindas no Twitter e convidar o ilustre senhor para trocar uma ideia.

Ainda não recebemos nenhuma resposta do ministro, mas este post será atualizado assim que as tivermos.

O seu futuro está sendo decidido longe dos palanques.

Enquanto Nikolas, Gayers, Michelles e Damares ensaiam seus discursos, quem realmente move o jogo político atua nas sombras: bilionários, ruralistas e líderes religiosos que usam a fé como moeda de troca para retomar ao poder em 2026.

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