No dia da abertura das Olimpíadas, uma manifestação contra o presidente interino, Michel Temer, e o Rio-2016 tomou a Praia de Copacabana. O protesto reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo a Folha. Depois de quase três meses de governo, pesquisas apontam que a reprovação do governo de Temer está em torno de 70%.
Mais tarde, na cerimônia de abertura dos Jogos no Maracanã, o presidente interino, que pediu para não ser anunciado, foi vaiado no estádio enquanto declarou a inauguração dos Jogos com apenas 21 palavras, como previsto pela organização.
A manifestação, organizada pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Esquerda Socialista, a CSP-Conlutas e a Plenária dos Trabalhadores em Luta-RJ, teve a participação de dezenas de categorias de trabalhadores, além de estudantes, aposentados e desempregados. Em clima descontraído e pacífico, os manifestantes levavam cartazes e faixas de protesto.
Por conta da manifestação, que fechou todas as faixas da Av. Atlântica, o trajeto oficial do revezamento da tocha olímpica, que passaria pela praia, teve que ser modificado.
The Intercept Brasil ouviu os manifestantes para saber o que os levou à rua.
O seu futuro está sendo decidido longe dos palanques.
Enquanto Nikolas, Gayers, Michelles e Damares ensaiam seus discursos, quem realmente move o jogo político atua nas sombras: bilionários, ruralistas e líderes religiosos que usam a fé como moeda de troca para retomar ao poder em 2026.
Essas articulações não ganham manchete na grande mídia. Mas o Intercept está lá, expondo as alianças entre religião, dinheiro e autoritarismo — com coragem, independência e provas.
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