Ilustração: Rodrigo Bento/Intercept Brasil

Merval Pereira mente no Globo sobre a Vaza Jato. Esta é nossa resposta.

Merval Pereira segue uma longa fila de apoiadores da Lava Jato que inventam fake news caluniosas para desacreditar reportagens sérias.

Ilustração: Rodrigo Bento/Intercept Brasil

As mensagens secretas da Lava Jato

Parte 47

Série de reportagens que revelaram atitudes controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato, coordenada pelo procurador renomado Deltan Dallagnol, em colaboração com o ex-juiz, Sergio Moro.


Que Merval Pereira é um garoto de recado dos articuladores da Lava Jato e dos irmãos Marinho — herdeiros da empresa que apoiou a ditadura, o impeachment da Dilma, a eleição do Bolsonaro e mais — todos já sabem. A desconexão de seu “jornalismo” com a realidade virou piada entre os jornalistas há muitos anos.

Hoje, ele desceu mais um degrau. Sem nenhuma prova, Merval insinua que o Intercept pagou pelos serviços do hacker Walter Delgatti Neto para ter acesso aos arquivos de mensagens que resultaram na série de reportagens da Vaza Jato. Isso é mentira e a própria Polícia Federal já atestou isso em investigação. 

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Merval também propaga fake news ao sugerir que os arquivos foram editados pela fonte. Este é um velho discursinho raso dos lavajatistas, desesperados para salvar os últimos vestígios da sua credibilidade. E já foi repetidamente desmentido por muitos jornalistas investigativos de várias redações que acessaram o arquivo. Há detalhes ali, pessoais, que seriam impossíveis de inventar.

Esses ataques rasteiros são da mesma laia do Pavão Misterioso, que inventava mentiras mirabolantes e facilmente refutadas sobre o Intercept; a caluniosa alegação de Sergio Moro de que o Intercept é financiado pelo PCC; e as variadas e repetidas mentiras e ataques de lavajatistas e bolsonaristas ao longo dos anos. Nossas reportagens e nossa independência são uma ameaça para todos eles. Se os Mervais do mundo não existissem, não precisaríamos existir.

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Afeito ao jornalismo declaratório, Merval age com a covardia excepcional para fazer acusações e insinuações que ele não pode provar. Porque são mentiras. O “jornalismo” que Merval publica no Globo e fala na Globonews jamais passaria em nossos altos critérios de checagem, pois trabalhamos com provas. Não fazemos assessoria de imprensa.

Esse tipo de jornalismo declaratório é coisa de agente político e serve para desacreditar a profissão jornalística na totalidade. Portanto, cabe aos verdadeiros jornalistas romper com o corporativismo e denunciar tais práticas danosas à profissão, tão importante para a democracia.

As insinuações de Merval ofendem jornalistas sérios do Intercept, Folha de S. Paulo, Agência Pública, Estadão, Veja, El País, Buzzfeed News e outros que trabalharam na série que revelou desmandos do judiciário e de seus outrora colegas

LEGENDA: Imagem: Dallagnol pediu à sua assessoria um encontro com Merval. Depois, um almoço com João Roberto Marinho traria resultados da aproximação, entre eles uma coluna de Merval.
Imagem: Dallagnol pediu à sua assessoria um encontro com Merval. Depois, um almoço com João Roberto Marinho traria resultados da aproximação, entre eles uma coluna de Merval.

Vale notar que o nome de Merval aparece nas mensagens quando Deltan e seus assessores celebram como Merval publicou o “discurso oculto” do procurador como se fosse seu depois de uma conversa com Deltan, fazendo mais uma vez o papel do mero mensageiro que é. Por que será que ele sente a necessidade de levianamente colocar em dúvida a Vaza Jato apesar da montanha de provas pelo contrário?

S.O.S Intercept

Peraí! Antes de seguir com seu dia, pergunte a si mesmo: Qual a chance da história que você acabou de ler ter sido produzida por outra redação se o Intercept não a tivesse feito?

Pense em como seria o mundo sem o jornalismo do Intercept. Quantos esquemas, abusos judiciais e tecnologias distópicas permaneceriam ocultos se nossos repórteres não estivessem lá para revelá-los?

O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. E é cada vez mais difícil de sustentar, pois estamos sob ataque da extrema direita e de seus aliados das big techs, da política e do judiciário.

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