O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

Ministério da Saúde marca audiência sobre manual que incentiva investigação de vítimas de estupro

Documento sobre aborto editado por Raphael Câmara que mente sobre todo aborto ser crime será discutido em Brasília na próxima terça-feira.


Na próxima terça-feira, 28 de junho, será realizada uma audiência pública às 8h para discutir o novo manual do Ministério da Saúde sobre aborto. Uma versão preliminar do documento, que foi ao ar no dia 7, afirma que todo aborto é crime até que uma investigação policial comprove que ele foi realizado nos casos previstos em lei – quando a gravidez é fruto de estupro, quando representa risco à vida da gestante ou quando há anencefalia do feto.

Não há no Código Penal brasileiro nem em nenhuma outra lei ou norma técnica indicação de que vítimas de estupro devem ser investigadas ao realizar o aborto. O incentivo para que isso aconteça – inclusive no caso de crianças como a menina de 11 anos de Santa Catarina – vem de Raphael Câmara, militante antiaborto que ocupa o cargo de secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério e de conselheiro efetivo do Conselho Federal de Medicina.

Segundo publicação assinada por Câmara no Diário Oficial da União, a audiência ocorrerá das 8h às 15h no prédio do Ministério da Saúde na Esplanada, em Brasília – e será transmitida. O canal da transmissão, porém, não foi indicado. A pasta avisa que solicitações de alterações do manual podem ser encaminhadas até segunda-feira, 27, para o e-mail [email protected].

A data coincide com o limite estabelecido pela justiça eleitoral para o uso de símbolos e logos do governo, que termina este mês, dois dias depois da audiência pública.

Sem anúncios. Sem patrões. Com você.

Reportagens como a que você acabou de ler só existem porque temos liberdade para ir até onde a verdade nos levar.

É isso que diferencia o Intercept Brasil de outras redações: aqui, os anúncios não têm vez, não aceitamos dinheiro de políticos nem de empresas privadas, e não restringimos nossas notícias a quem pode pagar.

Acreditamos que o jornalismo de verdade é livre para fiscalizar os poderosos e defender o interesse público. E quem nos dá essa liberdade são pessoas comuns, como você.

Nossos apoiadores contribuem, em média, com R$ 35 por mês, pois sabem que o Intercept revela segredos que a grande mídia prefere ignorar. Essa é a fórmula para um jornalismo que muda leis, reverte decisões judiciais absurdas e impacta o mundo real.

A arma dos poderosos é a mentira. A nossa arma é a investigação.

Podemos contar com o seu apoio para manter de pé o jornalismo em que você acredita?

Apoie o Intercept Hoje

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar