O Intercept Brasil condena veementemente Israel por assassinar cinco jornalistas da Al Jazeera em Gaza no domingo, 10 de agosto de 2025.
Anas al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa estão entre os 237 bravos jornalistas que Israel assassinou, desde outubro de 2023, por documentar os horrores do genocídio do povo palestino. Eles foram assassinados quando Israel bombardeou a tenda onde estavam, nos arredores do Hospital al-Shifa.
Crianças famintas, esqueléticas, estão morrendo de fome nas ruas de Gaza porque Israel está bloqueando ativamente a ajuda humanitária. Enquanto isso, seu exército está se preparando para invadir a cidade de Gaza, o que representa uma grande escalada da violência criminosa contra a população.
Os cinco jornalistas da Al Jazeera foram executados por Israel para que não pudessem mais informar a todos nós. Estas mortes são uma violência contra a comunidade global, contra o jornalismo, contra a liberdade de expressão.
Expressamos nossas sinceras condolências e solidariedade às famílias e aos colegas da Al Jazeera.
Apelamos à mídia brasileira para que responsabilize Israel pelas atrocidades cometidas contra nossos colegas de profissão e civis inocentes e pare de repetir as mentiras e manipulações do governo israelense para justificar esses atos.
Pedimos ao governo brasileiro que se posicione firmemente contra estes crimes contra a humanidade e cesse todo o comércio com Israel, incluindo as exportações de petróleo da Petrobras e aço do Villares Metals, usados pela máquina de guerra israelense.
O Brasil pode desempenhar um papel importante no fim do genocídio palestino, que só terminará se os líderes mundiais demonstrarem coragem moral, liderança e humanidade.
Presidente Lula, palavras não são suficientes. É preciso agir. Seu legado ficará manchado para sempre caso o senhor não tome medidas para acabar com o apoio material do Brasil ao genocídio em curso.
Ass.
Andrew Fishman
Presidente do Intercept Brasil, em nome da redação
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