Há sangue nas mãos de quem diz que Israel tem o direito de se defender. É isso que argumenta o comentarista político David Hearst, editor-chefe do Middle East Eye, site de notícias sobre o Oriente Médio. Em um rápido vídeo, Hearst mostra como a expansão do território de Israel e a criação de um regime de apartheid – para ele, mais grave que o da África do Sul – vêm sido confundidos com a autodefesa do país.
Hearst destaca que o ato terrorista do Hamas em 7 de outubro produziu imagens de horror que os israelenses só estão acostumados a ver quando as vítimas são palestinas. “A perda repentina de confiança em seu maior atributo – o Exército e os serviços de inteligência – não pode ser subestimada. Esse choque se transformou em raiva e, agora, a raiva se transformou em um desejo demoníaco de matar habitantes de Gaza“, afirma.
Ele reconhece que há carnificina nos dois lados, mas ressalta que a violência na Palestina acontece de forma em escala industrial. Por isso, o número de mortes só aumentará. Ele lembra que o atual ministro da Defesa de Israel disse que as forças israelenses não serão responsabilizadas por nenhum de seus atos em Gaza. “Todas as regras do passado foram destruídas, e Israel está mirando no máximo número de vítimas”, diz o editor. “É isso que a comunidade internacional está permitindo que Israel faça. Deram a [Benjamin] Netanyahu o sinal verde e tempo ilimitado para montar uma invasão terrestre a Gaza”.
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2026 já começou, e as elites querem o caos.
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