Mesmo tendo modelos bem sucedidos no país, Brasil busca fora políticas ultrapassadas sobre crack

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Mesmo tendo modelos bem sucedidos no país, Brasil busca fora políticas ultrapassadas sobre crack

Senso comum e apego por políticas obsoletas impedem que país avance no tratamento ao crack.

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O Brasil costuma importar políticas públicas de vários lugares. E isso em si não é um problema. Mas, em algumas áreas, elas chegam também com problemas agregados. Quando a temática é segurança pública, não raro o Brasil importa dos Estados Unidos políticas racistas e falidas, implantadas no século passado.

A Nova Iorque dos anos 80 se tornou conhecida tanto pela “epidemia de crack”, quanto pela política de tolerância zero do prefeito Rudolph Giuliani, vendida ainda hoje como milagre contra a criminalidade. A teoria das janelas quebradas ganhou o mundo e, mesmo já tendo sido colocada em xeque pelo Inspetor-Geral do Departamento de Polícia de Nova Iorque, ainda é querida por muitos brasileiros, dentre eles, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.

Conhecida como a cidade mais diversa do mundo, Nova Iorque reconheceu os erros e abandonou velhas políticas. Mas o ministro ainda bate nessa tecla gasta e não está sozinho. Muitas pessoas repetem o mesmo senso comum. Não é por falta de acesso a informação e nem precisa ir tão longe para se ter bons exemplos. No Brasil mesmo tem ao menos três iniciativas de sucesso pautadas pela não violência e pelos direitos humanos para responder ao uso de crack por pessoas em situação de rua.

Com suas particularidades, os projetos Aproximação: A cena de drogas da R. Flávia Farnese, realizado pela ONG Redes da Maré, no Rio de Janeiro; Programa de Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo; e o ATITUDE: Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares, do Governo do Estado de Pernambuco, compartilham do princípio-chave de entender as pessoas que habitam as chamadas “Cracolândias” brasileiras e tratar seus problemas de forma pragmática em benefício de toda a comunidade local e do entorno.

“Cada um tem uma história diferente, cada um passou por situações diferentes. Ninguém está aqui porque gosta de drogas não. Mas devido às circunstâncias nas quais crescemos e fomos criados, demos nisso aí, é desde criança na rua.” —Pessoa atendida pelo Projeto Aproximação, no Rio de Janeiro

Estas informações estão dispostas no relatório Crack: Reduzir Danos — Lições Brasileiras de Saúde, Segurança, e Cidadania, lançado há pouco pela Open Society Fondations. O The Intercept Brasil conversou com Daniel Wolf, diretor internacional de desenvolvimento e redução de danos da Open Society sobre o cenário no Brasil e nos Estados Unidos. Confira:

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