Glenn Greenwald

Hillary Clinton tem enormes chances de vencer segundo grande parte das pesquisas

A vitória de Trump seria um dos resultados mais chocantes da história moderna das eleições e das pesquisas de intenção de voto.

Hillary Clinton tem enormes chances de vencer segundo grande parte das pesquisas

Grande parte dos brasileiros, assim como o resto do mundo, aguarda ansiosamente o resultado das eleições presidenciais americanas entre a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, e o candidato do Partido Republicano, Donald Trump, que parecem não ter fim. Essa ansiedade, embora seja compreensível, contradiz praticamente todas as pesquisas e modelos estatísticos publicados pela mídia, que dão como quase certa a vitória de Clinton.

A candidata democrata lidera praticamente todas as pesquisas nacionais, assim como em estados estratégicos, e, exceto durante um período de duas semanas, quando seus problemas de saúde dominaram as manchetes, Clinton permaneceu na liderança de forma relativamente estável. O jornal New York Times, por exemplo, durante muitas semanas, estimou que as chances de uma vitória de Clinton eram de 90%; o e-mail enviado na semana passada pelo diretor do FBI que indicava a possível reabertura de uma investigação já encerrada sobre a forma como Clinton administrava seus servidores de e-mail afetaram negativamente seus números nas pesquisas. Ainda assim, o modelo estatístico final do New York Times mostra uma chance de vitória de Clinton de 85%.

Outros modelos de pesquisa mostram resultados ainda mais extremos. O site Huffington Post, por exemplo, indicou 98% de chances de vitória para Clinton contra apenas 1,7% de chances para uma vitória de Trump. O modelo de pesquisa do site, que observa cada estado individualmente, prevê que Clinton excederá com folga os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para se tornar presidente e deve chegar a 323 votos (os estados onde Clinton deve vencer estão em azul):

The Huffington Post

O único modelo empírico mostrando resultados um pouco mais pessimistas do que a média foi o 538 de Nate Silver. Sua metodologia, que aponta menor vantagem para Clinton do que os outros modelos, gerou polêmica, embora indique que Clinton tenha 71,4% de chances de levar a Casa Branca, contra apenas 28,6% para Trump.

pollsummary

Real Clear Politics

Embora algumas pesquisas nacionais mostrem Trump à frente, elas são amplamente consideradas como atípicas e/ou menos confiáveis; as pesquisas mais respeitadas ainda mostram Clinton liderando com folga. Os dados disponibilizados até o momento, como as altas taxas de comparecimento antecipado às urnas observado em grupos potencialmente favoráveis à Clinton (como latinos), acabaram por tranquilizar a equipe democrata.

Como resultado, de acordo com o site Politico, fontes internas do Partido Democrata estão “praticamente certas” de uma vitória de Clinton.

É óbvio que pesquisas podem errar e, com frequência, a confiança das elites é infundada. Analistas britânicos ficaram chocados quando o voto pelo Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, venceu, embora as pesquisas mostrassem uma disputa muito mais apertada do que a corrida pela presidência dos EUA. Portanto, teoricamente, é possível que Trump vença, mas, se isso acontecer, será um dos resultados mais chocantes da história moderna das eleições e das pesquisas de intenção de voto.

A VIRADA COMEÇA AGORA!

A virada começa agora!
Todo fim de ano traz metas pessoais. Mas 2026 exige algo maior: metas políticas — e ação imediata.
Qual virada você quer para o Brasil?
A que entrega ainda mais poder à direita para sabotar o povo — ou a virada em que eles ficam longe do Congresso, do Senado e da Presidência?
Eles já estão se movendo: o centrão distribui emendas para comprar apoio, as igrejas fecham pactos estratégicos, as big techs moldam os algoritmos para favorecer seus aliados, e PL, Republicanos e União Brasil preparam o novo candidato queridinho das elites.
E tudo isso fica fora dos holofotes da grande mídia, que faz propaganda fantasiada de jornalismo — sempre servindo a quem tem dinheiro e poder.
Aqui não. No Intercept Brasil, suas metas de ano novo para o país também são as nossas. Estamos na linha de frente para expor esses projetos de poder e impedir que 2026 seja o ano da extrema direita.
Mas essa virada depende da mobilização de todos.
Para continuar investigando — e desmontando — cada etapa dessa articulação silenciosa, precisamos da sua doação.
E ajude a conquistar as metas que o Brasil precisa.
Fortalecer o jornalismo independente que não deve nada a políticos, igrejas ou empresas é a única forma de virarmos o jogo.

Doe Agora

Entre em contato

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar