USS ABRAHAM LINCOLN, AT SEA: (FILES) -- A file photo taken 01 May 2003 shows US President George W. Bush addressing the nation aboard the nuclear aircraft carrier USS Abraham Lincoln as it sails for Naval Air Station North Island, San Diego, California. Four years after the US-led invasion of Iraq, commanders are in fact pouring 25,000 reinforcements into Baghdad to quell Sunni-Shiite fighting, the bloodiest element of the conflict and one which even the Pentagon admits now amounts to civil war.        AFP Photo / Stephen JAFFE (Photo credit should read STEPHEN JAFFE/AFP/Getty Images)

O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

O jornalismo do Intercept Brasil é livre: sem anúncios, sem filtros de leitura, sem dinheiro de políticos ou empresas. 

Contamos com a sua ajuda para seguir revelando os segredos dos poderosos.

Apoie o jornalismo corajoso e independente.

DOE HOJE

US$ 5 trilhões: A nova estimativa de custo das guerras dos EUA

Neta Crawford da Boston University, inclui em seus cálculos juros de empréstimos, assistência a veteranos de guerra e o custo da segurança interna.

USS ABRAHAM LINCOLN, AT SEA: (FILES) -- A file photo taken 01 May 2003 shows US President George W. Bush addressing the nation aboard the nuclear aircraft carrier USS Abraham Lincoln as it sails for Naval Air Station North Island, San Diego, California. Four years after the US-led invasion of Iraq, commanders are in fact pouring 25,000 reinforcements into Baghdad to quell Sunni-Shiite fighting, the bloodiest element of the conflict and one which even the Pentagon admits now amounts to civil war.        AFP Photo / Stephen JAFFE (Photo credit should read STEPHEN JAFFE/AFP/Getty Images)

O custo orçamentário total das guerras dos EUA desde 2001 é de US$ 4,79 trilhões (R$ 16 trilhões), de acordo com um relatório divulgado esta semana pelo Instituto Watson da Brown University. Essa é a mais alta estimativa realizada até o momento.

A autora do relatório, Neta Crawford, da Boston University, inclui em seus cálculos os juros de empréstimos, a assistência a veteranos de guerra e o custo da segurança interna.

A quantia de US$ 4,79 trilhões, que é “tão grande que chega a ser incompreensível”, foi calculada da seguinte forma:

  • As guerras no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Síria e outras operações internacionais custaram US$ 1,7 trilhões (R$ 5,68 trilhões), entre 2001 e agosto de 2016, e custará outros US$ 103 bilhões (R$ 344 bilhões) a serem solicitados em 2017.
  • O custo de prevenção ao terrorismo do Departamento de Segurança Interna foi de US$ 548 bilhões (R$ 1,8 trilhão) entre 2001 e 2016.
  • O orçamento estimado do Departamento de Defesa foi de US$ 733 bilhões (R$ 2,45 trilhões) e os gastos com veteranos de guerra ficaram em US$ 213 bilhões (R$ 712 bilhões).
  • Os juros sobre empréstimos para as guerras foram de US$ 453 bilhões (R$ 1,51 trilhão).
  • O custo esperado da assistência médica a veteranos de guerra até 2053 é de US$ 1 trilhão (R$ 3.34 trilhões).
  • As quantias solicitadas pelo Departamento de Defesa, Departamento de Estado e Departamento de Segurança Interna para 2017 é de US$ 103 bilhões (R$ 344 bilhões).

Em junho de 2014, a pesquisadora conduziu um estudo semelhante que estimou o custo das guerras em US$ 4,4 trilhões (R$ 14,7 trilhões). Sua metodologia se assemelha a do livro The Three Trillion Dollar War: The True Costs of the Iraq Conflict (A Guerra de Três Milhões de Dólares: O Verdadeiro Custo do Conflito no Iraque) de Linda Bilmes e Joseph Stiglitz, publicado em 2008.

Há muitos outros gastos com guerras que Crawford não inclui em seu estudo. “Não inclui aqui as despesas de governos locais e federal relacionadas à assistência médica a veteranos de guerra e à segurança interna. Também não calculei os custos de guerra macroeconômicos para a economia dos EUA”, conta a autora. Ela acrescenta que também não calculou o custo da guerra para outros países, nem tentou colocar um preço nas vidas perdidas.


Sem anúncios. Sem patrões. Com você.

Reportagens como a que você acabou de ler só existem porque temos liberdade para ir até onde a verdade nos levar.

É isso que diferencia o Intercept Brasil de outras redações: aqui, os anúncios não têm vez, não aceitamos dinheiro de políticos nem de empresas privadas, e não restringimos nossas notícias a quem pode pagar.

Acreditamos que o jornalismo de verdade é livre para fiscalizar os poderosos e defender o interesse público. E quem nos dá essa liberdade são pessoas comuns, como você.

Nossos apoiadores contribuem, em média, com R$ 35 por mês, pois sabem que o Intercept revela segredos que a grande mídia prefere ignorar. Essa é a fórmula para um jornalismo que muda leis, reverte decisões judiciais absurdas e impacta o mundo real.

A arma dos poderosos é a mentira. A nossa arma é a investigação.

Podemos contar com o seu apoio para manter de pé o jornalismo em que você acredita?

Apoie o Intercept Hoje

Entre em contato

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar